Não, não virei veterinária... Nem odontoveterinária... É amor assim da forma mais simples, mais primordial... É amor que sempre senti por todos os animais, que sempre me acompanhou, me inspirou e quem me conhece, sabe.
Mas especificamente com os gatos é amor novo... E quem ama gatos, seja amor novo ou antigo, adora contar suas histórias... então por um monte de motivos, resolvi escrever sobre isso...
Dentre esses motivos os mais importantes são que gatos infelizmente não são tão bem vistos... não são tão compreendidos como os que os amam gostariam que fosse... gatos são mortos que nem formiga ( nada contra formigas, mas os insetos pertecem a uma categoria de bichos mais distantes do meu afeto...).
Quem não conhece os gatos acham que eles são animais da rua - eu mesma já achei isso um dia. Acham que eles são mais felizes quando em liberdade. Que eles são de difícil convivencia. Que eles se apegam ao lar e não ao dono... ... ...
Enfim... a história não é essa. Quem passa a amar um gato quer com muito afinco mudar essa visão geral. Querem compartilhar o que aprenderam para quem sabe passar essa mudança adiante... Querem que eles sejam vistos de outra maneira para terem uma oportunidade... Querem que quem passe a ve-los de forma diferente tenha também como tivemos, a oportunidade de ampliar sua felicidade e amor. E no meu caso contar nossa história também é uma forma de redenção e gratidão... Redenção por ter demorado tanto a percebe-los e gratidão por me mostrarem que sou capaz de ser feliz com o simples. Que um simples ronronar, um afago... me trazem tanta alegria... Que o simples fato de ve-los correndo e brincando ao meu lado, na minha vida... me enche de esperança e satisfação... Isso por si só, essa percepção do que me faz feliz me mostra que estou percorrendo o caminho que vai de encontro com tudo o que sempre quis para mim.
Início...
Antes de morar nesse prédio atual que vivo desde 2006 nunca tinha tido gatos. Cachorro, papagaio, tartaruga, coelho, porquinho da india... Uma infinidade de forma em fases diferentes que sempre me fizera mais feliz. Como dizia para minha mãe, preciso de um bicho para ser mais feliz... E nisso tenho hoje ainda minha terceira geração de cão - Uli o cão pelúcia... eles vivem certa de 15 anos então sua permanencia em nossas vidas é longa - antes vieram Luna e Alison - hoje no céu dos cães... E meu papagaio Marlon. Meu fiel escudeiro.
Um belo dia, estou saindo de casa e bem na portaria, dentro do prédio mesmo... vejo uma gatinha linda... branquinha, dócil... Uma linda visão... Como fui pega totalmente de surpresa e imaginei que para ter chegado até ali ela deveria estar faminta... resolvi subir em casa e buscar uma comidinha para ela. Subi, fui na casa da minha mãe econtei o que tinha acontecido. Ela mais que depressa me alertou que aquela gatinha não era bem quista no prédio. Que a atiravam para o outro lado do muro, jogavam água fria... isso tudo para espanta-la. Pronto, a bichinha deixou de ser uma e passou a ser "A". Desci correndo para avaliar melhor a situação e o que fazer... mas ela não estava mais lá...